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Papas de sarrabulho… com cominhos e limão!

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  Ramo de limoeiro a anunciar que há papas de sarrabulho! Restaurante O Alexandre, Campo das Hortas, Braga     A experiência de comer  este prato Comer um bom prato de papas de serrabulho, acompanhadas com rojões, tripas e farinhotes, é uma verdadeira e única experiência gastronómica, nada comparável a outras comidas, também com algumas características peculiares. É entrar numa outra realidade, penetrar no Minho profundo, nas entranhas da terra e sentir a capacidade que os minhotos desenvolveram ao longo de séculos, transformando alimentos secundários, meros desperdícios, numa iguaria estranha, complexa, rústica e, atrevo-me a dizer, deliciosa.     É comida antiga encontrando-se referida nas fontes documentais dos bracarenses pelos menos desde o século XVI. Mas virá, com toda a certeza, de muito mais atrás. Chama-se sarrabulho, mas também pode chamar-se verde, bazulaque, sarapatel, mondongo… receitas onde o sangue e as vísceras se fundem dando origem...

Ossos de assuã

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     Em tempos de matança de porco urge falar dos ossos de assuã e da sua importância na tradição alimentar portuguesa.      Comecemos pelas elites que, nos tempos antigos, tal como ainda hoje, embora as diferenças estejam mais esbatidas, tinham uma alimentação essencialmente baseada na carne de primeira qualidade, como os lombos, os peitos e as pernas, no arroz, no pão branco e nas massas sempre feitas com farinha alva de trigo. Entre os legumes dava-se preferência às saladas, onde primava a alface, e os frutos eram consumidos com parcimónia pois entendia-se que não faziam muito bem à saúde, embora fossem bons para refrescar no tempo do estio. O peixe era também bastante consumido mas por ser obrigatório nos tempos a que a igreja obrigava. Fora disso era altamente rejeitado por ser frio e húmido, provocando a doença com muita facilidade. O povo contentava-se com os restos, ou seja, os ossos, as vísceras, o sangue e as partes menos nobres do animal c...