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Violência e justiça em terras do Montemuro (1708-1820)

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  Violência e justiça em terras do Montemuro (1708-1820)    "Este mundo da violência e da justiça em terras do Montemuro, desvendado em pormenor no trabalho que nos oferece a autora, deve-se à nova documentação que teve a felicidade de encontrar. O estudo histórico das devassas e das querelas da Idade Moderna está ainda nos começos entre nós. Mais difícil, por isso, foi o caminhar de um mestrando que soube transmitir-nos, numa linguagem com muito sabor literário, vivências de rústicos que o próprio Iluminismo ajudou a escurecer antes do Romantismo reabilitar as suas raízes."   António de Oliveira, ( prefácio )

Um caso de pedofilia em Mangualde no séc.XVIII

Em meados do séc. XVIII Azurara da Beira viveu um caso de pedofilia que, por inércia das forças judiciais locais, acaba por chegar à Mesa do Desembargo do Paço. Quem faz a queixa é Manuel Pais, residente no lugar de Tabosa. Não conhecemos as suas motivações mas percebemos, ao longo da queixa, que conhecia bem  o acusado e que o mesmo molestara algumas órfãs da sua aldeia. Queixa-se então Manuel Pais, em 1756, d o escandaloso procedimento de Lourenço Ribeiro da Fonseca, escrivão dos órfãos do mesmo concelho, sendo tão lascivo que tinha desflorado  horfaãs e deshonestado veuvas e como já se  tinha provado perante o Provedor daquella comarca de que athe o presente não tinha resultado nenhum castigo.  O Provedor questionado por este supremo tribunal, confirma todos os actos criminosos do acusado, chegando a ouvir as vítimas, que também o confirmaram, mas vai adiantando que como a jurisdição dos provedores era muito limitada  para procedimentos criminais remetera elle Provedor o sumário